Blogue "Iluminado"

Para quem ainda não conhece este divertido e original blogue (aposto que esse número será bastante reduzido) aqui vos apresento um dos meus blogues favoritos, o "Iluminado". Aconselho que cliquem na secção arquivo, leiam todos os posts começando pelos primeiros publicados pelo autor e deixem-se iluminar! De seguida, deixo-vos aqui uma pequenina amostra do conteúdo deste maravilhoso blogue.


"Olá, eu sou o Iluminado e a partir de hoje vou usar este espaço para vos maravilhar com os pensamentos mais profundos do meu ser."

"Às vezes páro e questiono-me: Porque razão o cleocentro da película netrotransversal não condiz com a auto-reutilização dos autropolitoricodirónios? Depois chego à conclusão que sou só eu a parvejar."

"Um amigo perguntou-me: "Iluminado, sabes onde fica o clítoris?". Respondi-lhe de imediato: "Entre Sacavém e Odivelas". Eu sempre fui bom a geografia."

"Hoje tentei fazer panquecas. Senti-me especial ao ver centenas de pessoas em apoteose à custa dos meus dotes culinários. Depois chegaram os bombeiros, seguidos pela polícia judiciária e estragaram-me o momento."

"A empregada das limpezas deitou fora, por engano, a minha colecção de macaquinhos nasais, datada de 1985. Estou arrasado. Hoje não há mais posts."

"Há muito tempo que andava a precisar de arrancar um dente e hoje, finalmente, livrei-me dele. Sinto-me muito mais aliviado, mas preferia que tivesse sido no dentista, em vez do banco da frente do carro da minha mãe."

"Sei que nunca falei nisto antes e só de pensar até tremo... Eu tenho uma irmã. Ela é uma autêntica víbora, no entanto, é uma peça vital na minha terapia de auto-ajuda. Tem por hábito ver MTV horas a fio, com exibições permanentes de personagens vestidas com roupas coloridas de ferir os olhos, que balbuciam palavras num ritmo soluçado e com um som repetitivo e irritante de fundo. Nessas alturas sinto-me tão normal..."

"Tenho os dentes tão tortos que nem consigo fechar a boca. A minha mãe diz que é de família, mas eu continuo a achar que foi da minha chucha ter sido uma maçaneta da porta."

"Fui expulso de uma aula de matemática, porque num exercício, X deu igual a dois. Revoltei-me. Ontem era igual a cinco!"

"Sabm aquls macaquinhos qu, dpois de rmovidos, custam a dscolar dos ddos? Acabi d livrar-m d um, mas rcuso-m a tocar na tcla ond ficou agarrado..."

"Às vezes gostava de ser um pombo. Começo a aborrecer-me de ser constantemente preso sempre que me alivio numa estátua."

"Farto da minha vida displicente e desinteressante, resolvi tomar uma atitute consciente e criar um objectivo de vida construtivo: decidi tornar-me imortal. Até agora, está tudo a correr dentro do previsto."

"Estou incrédulo! Fui assaltado em plena cidade por uma pessoa nua. Infelizmente não consegui dizer à polícia se a pessoa era um homem ou uma mulher. Ela trazia uma meia na cabeça."

"Recebi um e-mail que dizia que se eu o reenviasse para dez pessoas, ajudava a curar um menino da África do Sul com um cancro no dedo grande do pé. Devem pensar que sou estúpido! Neste caso são precisos pelo menos vinte reenvios, porque com dez só curo uma constipação ou uma alergia."

"O meu pai prometeu-me que me levava ao jardim zoológico depois da escola. Chegados ao local, deparámo-nos com um gigantesco armazém ardido, ao que o meu pai reage: "Oh não! O jardim zoológico ardeu!". Chorei baba e ranho. De seguida afirmou a rir: "Calma filho, estou a brincar contigo, isto é a nossa casa"."

"Ontem fiz um daqueles bonecos para praticar voodoo igual a um inimigo meu e piquei-o todinho com uma agulha. Hoje quando o vi na escola, vinha com a cabeça toda ligada. Agora fico na dúvida se foi do boneco ou da tacada de baseball que lhe dei entre os olhos."

"É na escuridão da noite que me perco em questões profundas. A sério. Nunca sei onde está o interruptor da luz."

"A minha mãe está constantemente a acusar-me de sofrer de sonambulismo. Que parvoíce! Ainda hoje, mal acordei, começou a disparatar comigo. A minha vontade foi de saltar de cima do frigorífico e pregar-lhe duas chapadas de bom senso."

"O meu irmão perguntou-me o que nos acontece quando morremos e eu respondi que somos enterrados debaixo da terra e comidos por vermes. Poderia ter dito a verdade, que a maioria de nós vai para o inferno arder eternamente, mas não queria traumatizar o pequenino."

"De vez em quando, sinto necessidade de me refugiar no meu sítio imaginário: uma praia lindíssima, de água cristalina e areia brilhante. Só falta descobrir como me livrar das legiões de moscas para tornar o local perfeito."

"Entrei em pânico por causa de uma aranha na banheira. Chamem-me medricas, mas a partir do momento em que vou buscar uma lista telefónica para esmagar a aranha e a aranha come a lista telefónica, tenho esse direito."

"O Faísca já foi um cão mais inteligente. Antigamente, mandava-o deitar ou rebolar e ele obedecia. Agora, quando lhe ordeno qualquer coisa, olha de lado para mim, ignora-me e continua a escrever ao computador."

"Nunca mais esquecerei o papel importante que tive no nascimento do meu irmão. Estava sozinho em casa mais a minha mãe, até que ela começou a gritar que lhe tinham rebentado as águas. Eu liguei o desumidificador."

"Gostava que todos os vizinhos fossem como os meus vizinhos de baixo. Não fazem barulho, não se metem na vida dos outros, enfim, nem parecem que existem. Já os meus vizinhos de cima são o oposto, e fazem com que viver numa cave seja uma experiência angustiante."

"Tenho um interruptor no meu quarto que não sabia para que servia. Nos dias de maior tédio, entretia-me a ligá-lo e desligá-lo. Há dias, recebi um bilhete de um senhor que vive na Jamaica a dizer: "Pára com isso!"."

"Acabei com a única namorada que tive por mútuo acordo. Ela disse que não queria ver-me mais, eu não aceitei tal imposição e acabámos."

"Depois de receber um telefonema com flatulências em todos os tons possíveis e imaginários, cheguei a uma conclusão. Escrever o meu número de telemóvel na porta da casa de banho da escola, não é melhor forma de fazer amigos."

"Ao fim de tantos anos, finalmente percebo a razão da minha avó ter estilo gótico. Chama-se "luto"."

"A vida sempre me deixou um travo bem amargo na boca. Depois deixei de comer pastilhas apanhadas do chão e passou."

"Uma vez, tive a nítida sensação que tinha viajado nove horas no tempo, em direcção ao futuro. Mas não, afinal tinha estado só a dormir."

"Já trabalhei num cabeleireiro, mas fui despedido logo no primeiro cliente. Perguntei-lhe se queria cortar muito e ele respondeu-me que não, só um dedo ou dois. E foi o que fiz."

"Vi um DVD. Foram duas horas de puro tédio. É redondo, reluzente e tem um buraco no meio. Fim da história."

"A minha última relação com uma rapariga correu às mil maravilhas, até ao momento em que ela se vira para mim e diz "possui-me!". Disse-lhe logo que o espiritismo era algo com que não se brincava e acabei com ela."

"Fiz a depilação às axilas e sinto-me muito mais fresco. A Greenpeace é que não achou muita piada e instaurou-me um processo por destruição maciça de habitat natural."

"O meu avô dizia-me sempre para não brincar com o fogo, mas ele é que acabou por se queimar um dia. Foi no crematório."

"Começo a desconfiar que o meu amigo imaginário é um grande graxista. Ele faz tudo o que quero."

"Há tempos cheguei a praticar rugby, mas como era um desporto muito violento, acabei por desistir e optar por algo diferente e mais calmo, como a arqueologia. O meu primeiro exercício prático foi encontrar os dentes perdidos no campo de rugby."